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Foto do escritorEducomunicação UFSJ

Projeto da Clínica Pai Nosso Lar é tema em Universidade Federal mineira


Projeto utiliza música, fotografia, performance e improviso para promover o bem-estar e a inclusão social dos pacientes, e chega às redes sociais como forma de divulgar a atividade interna (Cedida).

Desde fevereiro de 2018 a Clínica Pai Nosso Lar, de Adamantina, conta com uma iniciativa na área da Educomunicação (campo que alinha arte, mídias e educação), desenvolvida pelo educomunicador Samuel Rabay. No projeto, Samuel utiliza música, fotografia, performance, improviso e outras mídias para promover o bem-estar e a inclusão social dos pacientes.

Recentemente, o projeto, que utiliza redes sociais para divulgar os materiais que produz em parceria com frequentadores da instituição, foi tema em palestra que aconteceu na Universidade Federal de São João del Rei, em Minas Gerais, para os alunos do curso de Comunicação Social.


Paciente residente na Clínica realiza entrevista funcionária: atividade prática amplia inclusão e estimula habilidades (Cedida).


A palestra aconteceu à convite da professora Filomena Bonfim, que é pós-doutora pelo Programa McLuhan de Cultura e Tecnologia da Universidade de Toronto, no Canadá e desenvolveu a sua segunda pesquisa pós-doutoral em Educomunicação, no Departamento de Comunicações e Artes da ECA-USP, sob a supervisão de Ismar de Oliveira Soares. Além disso, é líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educomunicação, da Plataforma de Grupos de Pesquisa do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).


Palestra aconteceu na Universidade Federal de São João del Rei, em Minas Gerais, para alunos do curso de Comunicação Social (Cedida).

Filomena ressaltou a criatividade do trabalho e disse que é importante que seja compreendido o vigor, a profundidade e grandeza do projeto. A educadora pontuou a necessidade de promovermos a solidariedade e disse que irá levar a ação para o conhecimento de Ismar Soares de Oliveira, um dos maiores nomes da Educomunicação no Brasil.

“Eu vejo um projeto desses com muita alegria, pois é um movimento muito solidário e, por ser solidário, consegue fomentar a idéia de uma sociedade mais justa. Consegue dialogar com a questão da justiça social e a da sustentabilidade. Estamos falando de preservar condições humanas com dignidade. Ele trata de sustentabilidade social, de justiça social, promovendo condições pra gente usufruir da vida e ser feliz. De uma forma mais específica, faz com que a gente colabore no sentido de aceitar a diferença, abarcando a questão da diversidade e da inclusão social. Pessoas com essa consciência são ilhas de salvação.”

Além do debate, os alunos da disciplina de Educomunicação produziram uma resenha, analisando a iniciativa a partir dos conceitos trabalhados em sala de aula, um total de 40 textos, que foram compartilhados com Samuel ao fim da dinâmica.


Educomunicação: Quando o indivíduo se ouve e se vê, ele entende que é capaz (Cedida).


Thamires Silveira, psicóloga e mestranda pelo programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Artes, Urbanidades e Sustentabilidade (PIPAUS), da UFSJ, foi uma das mediadoras do evento e relatou ter encontrado paralelos entre o projeto do Pai Nosso Lar e as propostas da Psiquiatra Brasileira, Nise da Silveira.

A psicóloga falou sobre os benefícios que iniciativas como essa trazem para os pacientes no sentido terapêutico e afirmou ter ficado surpresa com a proposta da instituição, pois em sua experiência atuando no CAPS, as organizações não contavam com um profissional especializado na área, sendo o fato um diferencial positivo.

O que é Educomunicação?

Educomunicação é uma área que permite transitar entre a comunicação e a educação, da seguinte forma: comunicar para educar e educar para comunicar, compreendendo a comunicação em seu sentido mais amplo (arte, afeto, música, fotografia, etc.).

É entender que a arte é um meio de comunicação que ajuda na expressão de idéias e na divulgação de informações que vão se transformar em conhecimento, na medida em que elas passam a fazer parte da vida das pessoas. A arte dispensa alfabetização e dá ao outro a noção de que ele pode, de que ele pode criar o belo. Neste caso, o belo ressignificado como a capacidade de fazer a vida melhor para si e para o outro. Quando o indivíduo se ouve e se vê, ele entende que é capaz. Isso facilita outras conquistas e aprendizados, porque ele já sabe que é capaz. Ele aprendeu a aprender. A função do Educomunicador é fomentar esse processo.


Saiba mais

Projeto Educomunicacional da Clínica Pai Nosso Lar (acesse aqui)

Textos Disponíveis no site da USP sobre Educomunicação (acesse aqui)


Texto: Siga Mais

Publicado em: 03/06/2019

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